25/02/2014
A forte expansão dos serviços moveis no Brasil fortalece a operação da Celistics e amplia modelos de distribuição para além dos celulares e smartphones. Desde o ano passado, a distribuidora latino-americcana assumiu a logística das ERBs fornecida pela Ericsson às teles móveis em toda a região Sul do país. "O 4G e a expansão do 3G estão acelerando muito o ritmo de trabalho", frisou Kemen Azpirichaga, gerente geral da Celistics do Brasil. Empresa também se envolve num negócio em alta: recarga de celular e aposta nas carteiras digitais. No Brasil, a Movilway, empresa criada para pagamentos móveis e recarga, chegará no 1º trimestre de 2015.
Em entrevista ao portal Convergência Digital, Azpirichaga disse que, em 2014, o desafio da Celistics é o de ganhar novos clientes. "Somos distribuidores dos conversores de TV da Embratel. Queremos oferecer serviços para a GVT, Sky e outros players. Temos muito por crescer. No mundo móvel, não temos ainda negócios com a Oi, que é dona de 40% do fixo, e com a TIM. Temos certeza que as oportunidades existem. Os smartphones são produtos mais caros e exigem um trâmite inteligente para chegar ao consumidor final. Senão há prejuízo para as teles", reforçou o gerente geral da Celistics Brasil.
Sem revelar investimentos, Azpirichaga assume que o Brasil é um mercado a ser conquistado pela Celistics, que começou a sua operação aqui em 2011. A experiência obtida na América Latina será revertida em agilidade na entrega dos serviços. "No caso das ERBs, por exemplo, nós só não instalamos, mas entregamos os equipamentos, negociamos o local para a instalação, inclusive, com as autoridades das prefeituras e com os responsáveis pelo meio ambiente. Esse é um nicho novo. Estamos nele desde setembro quando vencemos uma licitação na Ericsson. Estamos disputando licitações na Nokia Siemens Networks e na Huawei", revelou.
Por enquanto, os equipamentos - smartphones e de rede - para as operadoras móveis seguem sendo o grande alvo da Celistics, mas os tablets - que estão na mira desde o ano passado, seguem sendo um produto a ser incorporado à rede de distribuição. "As negociações prosseguem, há modelos de vendas, mas acreditamos que os tablets virão para o nosso portfólio", afirmou José Antonio Rios, presidente e diretor executivo da Celistics. Na contramão da maioria dos empresários da região, Rios diz que a economia latino-americana está indo bem, com taxas de crescimento em torno de 3% a 4%.
"É claro que tudo é muito sobe e desce na América Latina. Há países que estão melhor e há países que estão sofrendo um pouco mais. Mas, na média, temos muitas oportunidades. A migração do 2G para o 3g e do 3G para o 4G nos abre frentes de trabalho junto às operadoras sem igual. Elas precisam otimizar seus processos para vencer a disputa pelo assinante. E nós somos o elo para tudo sair dentro dos prazos determinados", afirmou o CEO da Celistics. Os números movimentados pela Celistics são altos: em 2013 fora milhões de aparelhos celulares, 46 milhões de SIMCards 14 e 2 milhões de cartões de memória, além dos conversores para TV a cabo e DTH de Embratel e Net.
Mobilidade
A 'menina dos olhos' da Celistics para 2014 e, primeiro trimestre de 2015 no Brasil, é a entrada da empresa no mercado de recargas de celulares. Essa é a primeira etapa de uam estratégia para ser um provedor de serviços móveis para não bancarizados. Para isso, a Celistics abriu a Movilway, que já atua em 11 países da região, com forte presença na Colômbia e Argentina. A proposta é desafiadora: construir uma rede de 500 mil pontos de venda para recarga na região nos próximos três anos. Hoje estão ativos cerca de 100 mil pontos.
"Estamos atuando junto a microempresários, quase informais que não têm acesso aos serviços bancários em função do custo. Desenvolvemos todo uma plataforma própria -com POS próprios e de baixo custo para o empresário. Não vamos brigar pelos grandes clientes, mas queremos ser o veículo de inclusão para os micro", sustentou Luis Alberto Paz, CEO da Movilway.
O Brasil é um desafio à parte. "Sabemos que temos que conduzir muito bem a nossa entrada no mercado brasileiro. Vamos negociar com a Vivo, em função da parceria que temos com a Movistar, mas também teremos a estratégia de ir aos microempresários, longe das ofertas tradicionais de pagamento móvel", completou.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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