24/02/2014
Tudo é gigantesco no Mobile World Congress, evento que deverá reunir 80 mil pessoas em Barcelona, esta semana, para discutir os rumos da mobilidade. Durante painel nesta segunda-feira, 24/02, o presidente e CEO do grupo Telenor, Jon Baksaas, se mostrou orgulhoso de as teles terem conseguido, num período de 15 a 20 anos, registrar 6,7 bilhões de conexões ativas. Mas, ao mesmo tempo, admitiu que apenas 3,4 bilhões são de usuários unicos.E a privacidade, como não poderia deixar de ser, entrou no mapa de atenção das teles.
Com a frieza dos números e num evento que atrai a atenção do mundo para a mobilidade, o executivo da GSMA afirmou que há muito trabalho pela frente para as teles. Tanto é assim que Baksaas assumiu que apneas metade da população tem acesso regular às conexões móveis. "O trabalho existe e devemos nos preocupar em levar a mobilidade para quem não tem", disse.
Baksaas destacou ainda o fato de a conexão das coisas - tema que tem sido discutido pelas teles e no próprio Mobile World Congress - estar chegando mais 'perto' do dia a dia e se tornando uma questão tão próxima como o é a eletricidade. "A fronteira das coisas conectadas está ficando bem perto de nós. Mas o trabalho é gigante", ponderou. Para 2020, a GSMA, entidade que tem as teles como participantes, se impôs um desafio: conectar mais 1 bilhão de pessoas.
Mas para isso, assume, as infraestruturas de rede, em especial, às baseadas no LTE -4G, precisam ser de 'ótima qualidade'. Não à toa, a GSMA informa que será investido US$ 1,7 trilhão nos próximos seis anos - até 2020 - para a construção de redes de banda larga de alta velocidade. Hoje há 2.2 bilhoes de conexões de banda larga móvel no mundo, sendo 200 milhões de conexões 4G. Para 2020, o foco estrutural será o 4G. Tanto que a entidade prevê 'pular' para 2,5 bilhões de LTE. Ainda segundo a GSMA, em 2013, a contribuição da mobilidade para o PIB (produto interno bruto) mundial foi de 3,6%.
Nesse mundo mais conectado, a segurança e a privacidade dos dados ganham atenção especial. "Temos que nos preocupar em manter o controle e garantir a segurança que todos precisamos", frisou Baksaas. Ele definiu quatro tendências relevantes para os próximos anos: personal data, onde cresce o cuidado com as informações e identidade das pessoas; a internet das coisas ganhando um papel menos teórico e mais prático no dia a dia, o comércio digital - com os desafios de legislações distintas pelo mundo e o mundo 'All IP', onde todos terão de ter seus dados na Rede. "Não há dúvida que esse mundo conectado exigirá enormes investimentos", concluiu o chairman da GSMA.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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