14/05/2013
Principal alvo da “fúria” pela qualidade encampada pela Anatel no ano passado, a TIM sustenta que mesmo os piores episódios daquela temporada estão esquecidos. Mas claramente não é por menos que convidou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente da agência, João Rezende, para um anúncio público de um trabalho profundamente voltado a um tema crucial: reputação.
“O grande crescimento desse setor se deu mesmo nos últimos três anos. E em uma indústria intensiva em infraestrutura e investimentos, o crescimento trouxe consigo enormes desafios e mudanças. Se antes os consumidores davam destaque para as ofertas, agora o mais importante é a reputação”, afirmou o presidente da operadora, Rodrigo Abreu.
Segundo ele, essa diferença de foco dos consumidores foi medida em uma pesquisa que a empresa realizou no ano passado. O resultado não poderia ser mais significativo para a operadora que, pelo menos em 2012, foi a ‘bola da vez’, em boa medida por conta das dores mencionadas pelo próprio executivo: um crescimento muito acelerado que demandava muito mais infraestrutura.
Mesmo assim, não deixa de ser curioso que dois dos “algozes” da operadora dividissem a mesa com Abreu nesta terça-feira, 14/5, quando a TIM convidou jornalistas de todo o país para apresentar sua nova política de relacionamento. Afinal, depois de proibir a vendas de chips – no caso da TIM, em 19 estados – a Anatel “vazou” um relatório que acusava a tele de derrubar deliberadamente as chamadas dos clientes com o intuito de lucro com novas ligações. E o ministério sustentou que era “caso de polícia”.
Para a TIM, isso é passado. Há duas semanas, a Anatel admitiu que não pode confirmar a intenção de prejudicar os clientes. “Foi uma possibilidade que foi levantada, a gente acredita que de uma forma até meio precipitada. E de fato o que foi verificado é que não existiu nenhum tipo de derrubada intencional de chamadas, como divulgado pela Anatel. Para a TIM, o episódio está superado”, afirmou Abreu.
O novo presidente da TIM, ele mesmo uma das ‘mudanças’ – assumiu o comando em março – incorpora parte do que a operadora promete. Ele jura, porém, que lançar uma política baseada em reputação não pode ser explicado isoladamente pelo episódio da acusação. “Não é uma resposta a um episódio, o que seria até ingênuo, mas um caminho de longo prazo”, disse.
Em prol da reputação, a TIM vai entregar aos clientes uma ferramenta, na forma de um app, capaz de medir a qualidade da cobertura em qualquer lugar, com um sistema georreferenciado que avisa sobre problemas na rede – e que informa a empresa de locais onde não há sinal, mesmo que precise armazenar a informação para envio quando possível. Os detalhes estão na página da TIM (tim.com.br/portasabertas).
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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