30/04/2013
O novo presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, que assumiu o cargo em março, falou nesta terça-feira, 30/4, pela primeira vez com analistas e jornalistas, durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre de 2013. O executivo destacou os seus pilares de atuação: qualidade de rede/cobertura, transparência e pessoas e organização.
Com relação à qualidade de rede e cobertura, Rodrigo Abreu foi enfático. "Essa é uma prioridade minha pessoal como executivo, já que vim do mundo de infraestrutura. Estamos investindo muito. O plano é não ter mais dependência de redes de terceiros - muitas ainda em cobre. Hoje já temos mais de 40 mil kms de fibra óptica própria e estamos também fazendo a migração na rede de transporte, eliminando os links alugados", destacou Abreu.
Tanto que um dos projetos prioritários da TIM Brasil é a colocação de fibra óptica até a antena,- Fiber to the Site (FTTS). Recife será a primeira a ter todos os sites conectados com a rede de fibra óptica. Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo serão as próximas. Outras 30 cidades devem entrar em uma segunda fase do projeto. Os resultados, segundo Abreu, já podem ser percebidos: os canais de dados ganharam reforço de 66% entre junho do ano passado e março deste ano, enquanto a capacidade de voz aumentou 16% no mesmo período. "Vamos sair de velocidades variando entre 2 Mbps e 8 Mbps, onde alugamos de terceiros, para velocidades de até 300 Mbps", acrescentou o executivo. Também na linha de qualidade de serviço, Abreu anunciou que 195 cidades estão sob vigilância direta de uma 'sala de guerra' para monitoramento da qualidade e da oferta do serviço.
"Temos que admitir que o setor de telefonia está com a sua imagem arranhada. 2012 foi um ano difícil para todos, especialmente para a TIM. A nossa intenção é reverter essa percepção e agilizar o relacionamento com os órgãos reguladores e com o próprio governo. Telecom é um setor relevante para a economia do país", ponderou o presidente da TIM Brasil.
Ao ser indagado sobre uma possível venda de ativos - como as antenas- como as concorrentes Vivo e Oi estão fazendo, Abreu disse que a TIM tem uma flexibilidade de balanço que a permite, neste momento, não pensar em descarte de ativos. "É claro que a gestão desses ativos está sendo vista, o compartilhamento é sermpre bemvindo, mas não há planos, neste momento, de venda ao mercado", garantiu.
Sobre a necessidade da TIM de ir ao mercado e pensar em novas aquisições - analistas falaram, mais uma vez, numa possível compra da GVT - Abreu se mostrou cauteloso, mas não fechou a porta para futuras compras. "Toda e qualquer compra será sempre priorizando a nossa oferta do negócio móvel. Essa determinação está fechada no plano da TIM", completou. Na estratégia de fortalecer a rede de fibras, a TIM já comprou Intelig e AES Atimus.
Balanço
A TIM registrou lucro de R$ 306,1 milhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita bruta total da tele aumentou 6,3% no mesmo intervalo, atingindo R$ 7,02 bilhões, puxada pelo faturamento bruto de serviços (+3,2%) e de produtos (+33,5%).
Na comparação anual entre trimestres, a receita com assinatura e utilização mantevese praticamente estagnada (-0,4%), totalizando R$ 2,69 bilhões entre janeiro e março deste ano. O maior destaque positivo entre os serviços foi a receita com serviços de valor adicionado, que cresceu 24,6%, alcançando R$ 1,25 bilhão e representando 21,4% da receita bruta de serviços, que registrou um bom desempenho nas vendas de webphones e smartphones, que puxam a demanda por planos de dados: 70% dos terminais comercializados pela TIM no primeiro trimestre eram dessas categorias. A receita bruta da operadora com produtos cresceu 33,5% e alcançou R$ 899 milhões.
A receita líquida da TIM foi de R$ 4,71 bilhões, o que representou um crescimento de 5,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2012. O EBITDA, por sua vez, cresceu 3,9% no mesmo intervalo, atingindo R$ 1,22 bilhão. A margem EBITDA, contudo, caiu 0,37 ponto percentual nesse período, baixando de 26,3% para 25,9%.
A receita mensal média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) no primeiro trimestre foi de R$ 18,5, o que representa uma queda anual de 3,6% que a empresa atribui ao corte da tarifa de interconexão móvel (VU-M). Por sua vez, a média mensal de minutos trafegados por usuário (MOU, na sigla em inglês) subiu 14,6%, alcançando 145 minutos. Ainda no balanço, a TIM investiu R$ 470 milhões entre janeiro e março deste ano, 90% dos quais foram alocados em infraestrutura de rede. A dívida bruta da TIM ao fim de março era de R$ 4,33 bilhões. Houve um aumento de 17,8% em 12 meses, atribuído a um empréstimo de R$ 1 bilhão obtido junto ao BNDES. Aproximadamente 37% da dívida está em dólares, 100% protegida por hedge.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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