30/04/2013
Durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre de 2013, realizada nesta terça-feira, 30/04, o presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, preferiu falar pouco sobre o lançamento do 4G. A operadora, oficialmente, diz que cumpriu as regras da Anatel e está vendendo o serviço nas seis cidades sedes da Copa das Confederações - Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife. Mas não houve festas. Segundo a estratégia da tele, hoje, o 4G é complementar à oferta de dados existentes.
Tanto que a oferta está bastante limitada: 5 Mbps no caso de PCs e 600 Mbps para acesso via smartphones. “Vemos o 4G como um complemento da nossa oferta, por isso o consumidor não precisa trocar de plano”, sustentou Abreu. Nesse momento, aponta ainda o executivo, a banda larga móvel - via modem - deverá ser o carro-chefe de consumo. Tanto que a TIM já está oferecendo planos com 10GB, a R$ 101,00/mês.
Com relação à infraestrutura, a TIM adotou uma postura bastante cautelosa com as informações relativas ao compartilhamento fechado com a Oi. Se a parceira admitiu, na semana passada, que economizou R$ 200 milhões com o acerto, a TIM preferiu não revelar cifras. Disse apenas que o 4G envolve um aporte de R$ 1,5 bilhão num período de três anos.
Apesar da cautela, a TIM informa que está se preparando para atender, até dezembro, as demais cidades que vão sediar a Copa do Mundo de 2014 - Manaus, Cuiabá, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Natal, mas admitu que o processo pode ser acelerado em alguns locais. "Imaginamos adiantar algumas das cidades ainda agora no meio do ano. Em particular, São Paulo deve ser adiantada", afirmou Abreu.
A ideia de usar o 4G como complemento do 3G é relevante para a TIM. A tele - em função de problemas de rede - perdeu base de usuários pós-pagos na banda larga móvel ao fechar o trimestre com 776 mil usuários. Também perdeu vez nos chips para comunicação entre máquinas (M2M), fechando o trimestre em 1,2 milhão, podendo perder espaço para a Oi e ficar na lanterna desse produto.
"Tivemos problemas com o 3G e sabemos que há um grande mercado para crescer. Hoje são pouco mais de 7 milhões de chips banda larga móvel ativos no país. Há espaço para muito mais e o 4G vai nos ajudar a levar esse serviço. No caso dos chips M2M, esse é um mercado ainda incipiente e haverá mudanças. Estamos avaliando toda a nossa estratégia, mas não vamos abrir mão desse mercado", explicou Abreu.
Fonte: Ana Paula Lobo - Convergência Digital
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