29/04/2013
A deterioração das receitas provenientes de envio de mensagens de texto (SMS) das operadoras, decorrente da popularização dos aplicativos de troca de mensagens pela rede IP, deverá se acentuar nos próximos anos. A estimativa da consultoria Ovum é de que a canibalização das receitas de SMS por soluções como o WhatsApp ou Messenger do Facebook chegará a US$ 86 bilhões, em 2020, a partir de US$ 36 bilhões este ano.
A tendência, porém, já pode ser sentida agora: a taxa de crescimento de SMS deixará o patamar de dois dígitos (14%) em 2011 para 8% este ano. E, a partir de 2013, as receitas com a venda de banda larga móvel serão responsáveis pela maior parte da receita das operadoras, excluindo serviços de voz, prevê a consultoria.
Mas, segundo a Ovum, as empresas de mensageria IP não chegarão um novo patamar de participação nos serviços de telecomunicações e de receitas sozinhas. Cada vez mais as empresas de mensagens Over The top (OTT) buscarão parcerias e o período 2013-2015 será essencial para definição de acordo das empresas OTT com as telcos, aponta a Ovum.
“O WhatsApp já tem uma série de parcerias com operadoras, incluindo acordos de roaming com três companhias de Hong Kong e, na Índia, a oferta de um serviço na rede GSM da Reliance Communications. O próprio Facebook tem um longo histórico de trabalho com operadoras e a mais recente parceria com 18 delas [anunciada no MWC, em Barcelona] garantirá acesso grátis ou com desconto à plataforma”, declarou Neha Dharia, analista de consumo da Ovum. Neste sentido, o CEO do Viber – aplicativo de chamada e mensageria IP – afirmou que a companhia ficará feliz em compartilhar sua receita com serviços pagos, quando começar a cobrar consumidores, lembrou Dharia.
As parcerias com operadoras ajudarão as empresas chamadas Over The Top (OTT) a atingir um número maior de consumidores, enquanto as operadoras se beneficiam a partir da venda de planos de dados, diz a Ovum. Neste processo, a tendência é de que as empresas de mensagens IP também ampliem suas fontes de receitas, com maior participação de conteúdo digital, o que inclui games, emoticons e canais de marketing.
Fonte: TeleSíntese
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