08/10/2014
Valor é dez vezes mais barato que o apontado por organismo da ONU.
Banda larga móvel pré-paga custa, em média, R$ 12,7 por 300 MB.
O minuto do celular pré-pago no Brasil com impostos custa, em média, US$ 0,07, o equivalente a cerca de R$ 0,17, aponta levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil).
Já a banda larga móvel com impostos, também pré-paga e considerando um consumo mínimo de 300 MB (megabites), custa no Brasil US$ 5,3, o que corresponde hoje a R$ 12,7, ainda segundo o documento. Os cálculos consideram o dólar a R$ 2,40.
O SindiTelebrasil comparou o valor do minuto do celular no Brasil com o praticado em outros 17 países: China, Índia, Rússia, México, Coreia do Sul, Colômbia, Austrália, Reino Unido, Chile, Peru, Portugal, Espanha, EUA, Itália, Japão, Argentina e França. Segundo o levantamento, os brasileiros pagam o quarto preço mais barato, atrás apenas de China (US$ 0,02), Índia (US$ 0,02) e Rússia (US$ 0,04).
Na banda larga móvel, o preço praticado no Brasil é o segundo mais em conta em uma lista de 15 países, atrás apenas da Índia (US$ 1,7 para, no mínimo, 300 MB).
O estudo levou em consideração o perfil médio do consumo desses serviços no Brasil, que no caso da telefonia móvel, segundo o sindicato, é de 100 minutos por mês, sendo 90% deles utilizados em ligações para celulares da mesma operadora (mais baratas), 5% para aparelhos de outras operadoras e os outros 5% para telefones fixos.
Para os outros países analisados, a média utilizada também foi de 100 minutos por mês, mas com 70% disso em ligações para a mesma operadora, 15% para outras operadoras e os outros 15% para fixos.
Resposta à UIT
Com esse levantamento, o SindiTelebrasil quer dar uma resposta à União Internacional de Telecomunicações (UIT), organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) que coloca o custo da telefonia no Brasil entre os mais caros do mundo.
Pelo levantamento da UIT, o preço do minuto no celular pré-pago no Brasil é de US$ 0,74, dez vezes mais caro que o apontado pelo SindiTelebrasil. Já o preço da banda larga móvel pré-paga no país, pelo organismo da ONU, é de US$ 35,80, valor 6,7 vezes maior que o divulgado pelas operadoras.
De acordo com o sindicato, além de considerar um perfil de consumo diferente no caso do minuto do celular (51 minutos por mês, sendo 53,1% para a mesma operadora, 26,4% para outras e 20,5% para fixos), a UIT utiliza os preços máximos autorizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ou seja, não registra o que é praticado no mercado brasileiro, incluindo promoções feitas pelas operadoras.
“Falar em celular no Brasil é barato. Nós queremos desmistificar isso [informação de que o serviço é caro]. É muito diferente dos preços informados pela UIT”, disse o presidente-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.
Ele apontou que, se considerados os dados levantados pela UIT, o gasto médio mensal do brasileiro com celular (média do serviço pré e pós-pago) seria superior a R$ 200. De acordo com ele, esse valor fica, na verdade, abaixo de R$ 40.
Banda larga fixa
O levantamento também informa que o preço médio com impostos da banda larga fixa no Brasil é de US$ 13,2 (R$ 31,7), considerando consumo mínimo de 1 GB e velocidade de download superior a 1 Mbps. Já segundo a UIT, o preço é de US$ 17,8 (R$ 42,7). De acordo com o SindiTelebrasil, se considerados os US$ 13,2 o Brasil tem a terceira banda larga fixa mais barata na comparação com os 17 países já citados, atrás apenas de Índia e Rússia.
Fonte: Fábio Amato - G1
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