01/10/2014
Ainda que a arrecadação do leilão dos 700 MHz tenha ficado abaixo do esperado pelo governo, fruto direto da desistência da Oi em participar da disputa, o Ministério das Comunicações comemorou o resultado. A aposta é que os investimentos virão rapidamente e que, em quatro anos, a massificação do acesso à Internet no país será garantida pelo 4G.
“Foi um sucesso, consolidamos a possibilidade de massificar o 4G no Brasil. Esse serviço será o grande motor para universalizar a Internet no Brasil. Será a modalidade de predominante. Ainda teremos 3G presente em larga escala em algumas regiões, mas o serviço que vai ter mais será o 4G. Até 2018, com certeza vamos ter mais 4G do que 3G”, afirmou o ministro Paulo Bernardo.
Vale lembrar a aposta do próprio ministro de que o país teria 4 milhões de linhas de 4G até o fim de 2013, mas o número não chegou a 1 milhão. Ainda assim, ele avalia que as teles terão interesse em utilizar a nova faixa para ampliar a cobertura e cumprir metas antigas. “As pessoas querem serviços de melhor qualidade, com velocidade maior, e é mais barato fazer com 4G do que com meios físicos".
Por essa lógica, Bernardo – que teve reuniões com os presidentes da Claro e da TIM após o leilão – também aposta que as operadoras farão o pagamento adicional para terem o direito de usar os 700 MHz nas metas da primeira licitação de 4G, em 2012. “Tenho certeza que todas as empresas vão optar por cumprir as obrigações do 2,5 GHz com os 700 MHz e vão pagar R$ 423 milhões para isso”, afirma.
Esse bônus, no entanto, implica em dois compromissos: levar telefonia móvel aos distritos rurais com mais de mil habitantes – até 30km do distrito sede; e interconectar estações radio base com fibras ópticas até o fim de 2017. Para tanto, as empresas – no caso Claro, TIM e Vivo – precisam pagar R$ 155,1 milhões, R$ 134,2 milhões e R$ 133,7, conta que dá os R$ 423 milhões.
Em que pese o mencionado “sucesso”, Paulo Bernardo reconhece que a ausência da Oi frustrou as expectativas, mas que o movimento já estava assimilado pelo governo. “Já era esperada a possibilidade de vender menos na hora que a Oi falou que não tinha condições, a não ser que alguém comprasse dois lotes. Mas vimos empresas aparecerem e se comprometerem com valores próximos a R$ 10 bilhões”, diz o ministro.
Fonte: Luís Osvaldo Grossmann - Convergência Digital
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