27/08/2014
O celular é o dispositivo preferido por 71% dos jovens para acessar a internet. Eles ficam o tempo todo conectados, sendo que 58% navegam, sobretudo, nas redes sociais, revela a pesquisa Juventude Conectada, realizada pela Fundação Telefônica Vivo, em parceria com o IBOPE Inteligência, Instituto Paulo Montenegro e a Escola do Futuro – USP.
A pesquisa também constatou que a maneira mais fácil de entrar em contato com um representante da geração Y são as redes sociais ou mensagens instantâneas, meios de comunicação prediletos para 45% deles. Mas 35% ainda usam o bom e velho email. Para 49% dos entrevistados, a internet mudou o hábito de buscar informações. E os temas que despertam mais interesse são cultura e esporte.
O levantamento sinaliza ainda que os jovens conectados apresentam um novo padrão na hora de estudar. A pesquisa na internet é mais relevante do que em outras fontes de consulta como livros, jornais e revistas e as próprias instituições de ensino. Embora o uso de smartphones tenha se tornado um 'terror' para alguns professores em sala de aula, 53% dos entrevistados afirmam que a internet melhora o relacionamento entre alunos e professores E mesmo familiarizados com a tecnologia, a maioria dos jovens declarou aprender mais em aulas presenciais do que à distancia.
Engajamento
A pesquisa aconteceu durante as manifestações que ocorreram em todo o Brasil em junho de 2013. Os números mostram um jovem engajado virtualmente e mobilizado para ir às ruas por meio das redes sociais. Para 44%, a internet contribui com o aumento da visão crítica dos jovens, e 41% só participaram de mobilizações sociais por causa de amigos (convites via redes sociais).
De acordo com os dados do levantamento, o jovem brasileiro conectado acredita no potencial da internet como fomentadora de projetos, capaz de estímular a inovação e o desenvolvimento da carreira profissional. Dos jovens pesquisados, 51% entendem que é possível ganhar dinheiro trabalhando ferramentas da internet, entretanto, apenas, 34% pensam em usar a internet para desenvolver um negócio próprio.
“Acreditamos no potencial de transformação das tecnologias e dos jovens. O estudo desses dois fatores ajuda a entender os novos caminhos da educação, novos padrões de comportamento e consumo, o novo perfil dos atores políticos e o futuro dos empreendedores da economia brasileira”, explica Gabriella Bighetti, presidente da Fundação Telefônica Vivo. “São esses jovens conectados de agora que irão ditar ideais, padrões e moda daqui alguns anos. Precisamos crescer e inovar com eles”, completa.
A pesquisa Juventude Conectada levou cerca de um ano para ser finalizada. Segundo a Fundação Telefônica Vivo, trata-se da primeira investigação a analisar os jovens conectados sob a ótica de quatro eixos: Comportamento, Educação, Ativismo e Empreendedorismo. O universo entrevistado foi de 1440 jovens, das classes A, B, C e D, de todas as regiões do Brasil, entre 16 e 24 anos. Diversas metodologias foram utilizadas, incluindo entrevistas presenciais; seis grupos de discussão; análise em profundidade com oito especialistas e monitoramento de navegação na internet por 10 jovens, pelo software e-meter. A pesquisa completa está disponível na forma de e-book, no site da Fundação Telefônica Vivo.
Fonte: Convergência Digital
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